Sobre o Instituto Cordilheira

O Instituto Cordilheira (IC), associação civil com finalidade pública e sem fins lucrativos, foi fundado em janeiro de 2021, em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Somos pessoas que residem em oito diferentes municípios onde ocorrem conflitos com a mineração e que trazem consigo um expressivo e aguerrido histórico de engajamento e enfrentamento ao extrativismo predatório no Brasil.  Compartilhamos e movimentamos a preocupação com os impactos e permanentes ameaças às serras, águas, comunidades e biodiversidade, e a indignação e a revolta diante dos sucessivos crimes e violações cometidos por empresas mineradoras e pelo Estado Brasileiro.

O Instituto Cordilheira tem como finalidade fundamental trabalhar em defesa do meio ambiente, do patrimônio cultural, dos direitos da natureza, da cidadania, dos direitos humanos e da promoção de bens e direitos coletivos, difusos e individuais homogêneos, atento para novos paradigmas em tempos de emergência climática. Para tanto, o IC e vários de seus membros têm prestado suporte técnico e jurídico para organizações e comunidades locais, e articulado ações comuns que agreguem e fortaleçam grupos que fazem enfrentamento, sendo parte ativa de algumas destas lutas territoriais ou acompanhando-as de perto.

As pessoas associadas do IC, atuam há mais de uma década em ações de questionamento à mineração, a partir de outras organizações e movimentos, e têm vivências e formações diversas. Em suas trajetórias voluntárias ou profissionais, sempre colocaram à disposição das lutas socioambientais as suas expertises e determinação.

Visão

O Instituto Cordilheira caminha focado em um presente e futuro onde a natureza seja respeitada e todas as pessoas estejam empoderadas para exigir o respeito, a proteção dos territórios e a efetivação dos Direitos Humanos e dos demais seres vivos, com a garantia da segurança hídrica, a qualidade de vida e a preservação dos modos de ser e de bem viver.

O IC trabalha por uma nova economia e sociedade com respeito à natureza, regeneração ecossistêmica, investimento em ciência, tecnologia e práticas ancestrais de povos originários, que levem à superação da mínero-dependência, e por um sistema de justiça que verdadeiramente cumpra seu papel de garantir que as violações cessem, que os danos sejam integralmente reparados e que os perpetradores sejam efetivamente responsabilizados.

Missão

Atuar de maneira engajada, técnica e incisiva frente à hegemonia da mineração e seus inúmeros impactos, danos e ameaças de lesão às serras, águas, pessoas, comunidades e direitos, articulando ações comuns que agreguem e fortaleçam lideranças e grupos que defendem os territórios, acompanhando as lutas de perto e dando visibilidade aos problemas e às conquistas, possibilitando cada vez mais a troca de experiências e a ajuda mútua.

Área de atuação

O Instituto Cordilheira tem no seu estatuto a previsão para atuação em nível nacional. Desde a sua criação, em janeiro de 2021, temos priorizado a atuação na região sudeste do Brasil, estado de Minas Gerais, em especial nas regiões conhecidas como “Quadrilátero Ferrífero Aquífero” e “Cordilheira do Espinhaço”.

Valores e atuação histórica

Os integrantes do Instituto trazem consigo um significativo histórico de engajamento e enfrentamento à mineração. Ao longo do tempo foram feitas articulações com outros grupos que surgiram no Estado de Minas Gerais e que atuam nos territórios/municípios alvo da mineração, bem como a aliança com núcleos universitários.

Assim, o IC agrega membros com experiência em mobilização e articulação de lutas, ativismo, advocacy, assessoria técnica, incidência na educação formal e informal por meio da formação de professores e comunidades e da ciência cidadã, participação em conselhos do meio ambiente e patrimônio cultural e coordenação de projetos voluntários autogestionados ou que contaram com recursos de financiadores nacionais e internacionais. Se pautam pela determinação e o pelo compromisso com a coerência necessária para lutas territoriais, que também são políticas e jurídicas; pelo primor de uma construção coletiva e junto das comunidades e grupos afetados e interessados; pela atuação em rede dotada de respeito, confiança e solidariedade entre os pares; pela incidência política e junto a veículos de mídia majoritária e alternativa, inclusive mídias sociais. A liberdade, ética, coragem e coerência tem sido um garantidor da sustentabilidade da atuação, na medida em que proporciona relações sólidas de confiança entre os membros do IC e com parceiros externos de diferentes naturezas.